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EIXÃO DA OPRESSÃO INVADE O EIXÃO DO LAZER

Na manhã de hoje (01/09) a população foi surpreendida pela truculência do DF LEGAL, PMDF e DER

Por Juan Ricthelly


Brasília foi uma cidade pioneira ao implementar o Eixão do Lazer em 1990, posteriormente as regras de fechamento das pistas do Eixo Rodoviário seriam definidas pela Lei nº 1.607/97. Ao longo dessas décadas todo morador do Distrito Federal sabe que o Eixão é fechado aos domingos, tirando os automóveis de cena, possibilitando que as pessoas transitem com suas bicicletas, patinetes, carrinhos de bebês  e pets ao longo de 14 Km numa das principais artérias da capital do país.


Domingo era o único dia da semana em que não precisavámos rezar para a “Nossa Senhora do Cerrado protetora dos pedestres, que atravessam o Eixão às 6h da tarde”, depois de hoje teremos que invocá-la para proteger os artistas, ambulantes e população da tríade opressora composta por DF LEGAL, PMDF e DER.


Essa mesma tríade que foi tão omissa durante os acampamentos golpistas em frente ao Quartel General do Exército que culminou na tentativa de Golpe de Estado de 8 de Janeiro de 2023, onde não temos notícia de qualquer fiscalização por parte do DF LEGAL ou do DER e ainda temos evidências escancaradas da omissão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) que basicamente fez a escolta dos golpistas até o local de seus objetivos antidemocráticos.


Hoje resolveram agir! Infelizmente contra um dos poucos exemplos práticos e efetivos de exercício do Direito à Cidade no DF.



O EIXÃO DO LAZER cumpre com o papel de promoção do bem estar da população, que caminha, se exercita, convive, acessa a cultura por meio de atrações culturais diversas, sendo um verdadeiro oásis numa cidade onde a privatização do espaço público e a corrupção urbanística é a regra, possibilita ainda que trabalhadores numa metrópole excludente e com poucas oportunidades consigam ganhar algum dinheiro por meio do comércio ambulante, dando suporte aos frequentadores e atividades que ocorrem no eixão, que seria impossível de acontecer sem o trabalho eles.


A ação do hoje foi um ataque que atingiu a Cultura no momento em que impediu eventos de acontecerem, o Direito à Cidade quando turbou com violência a dinâmica de uso do espaço público pela população e principalmente a Classe Trabalhadora quando forçou trabalhadores a recolherem suas mercadorias e desmontar os seus stands e barraquinhas, em nome de uma pretensa fiscalização que gerou reações legítimas de parte da população.


Eles querem uma cidade morta! E para conseguirem isso, não pensarão duas vezes em atacar, bater e matar qualquer coisa, pessoa ou atividade que seja viva, pois a vida em estado puro não pode ser ordenada, ordenhada, fiscalizada ou regularizada, viva o EIXÃO VIVO!

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